domingo, 9 de setembro de 2012

A NOSSA FAMOSA EXPERIÊNCIA DA VIDA

A nossa famosa experiência da vida se resume em exclamarmos, de vez em quando: Deus! Como fui idiota. (Clóvis Graciano). 

O POETA ROMÂNTICO

É verdade que o descompasso está à espreita de todo poeta romântico; mas é também verdade que este também se afirma como artista na medida em que logra vencer, pela palavra, as tentações de um confidencialismo frouxo. (Alfredo Bosi)

O MONTE OLIMPO

O cume do Monte Olimpo, na Tessália era a morada dos deuses Gregos. Doze eram os deuses - seis masculinos e seis femininos – entretanto, somente dez moravam no Olimpo. Netuno (Poseidon para os romanos) deus do mar habitava o mar. Hades deus dos submundos, seu palácio no inferno. O Olimpo era cercado de muros, abrindo para o exterior através de uma porta de nuvem, da qual tomava conta às deusas chamadas Estações (Diké, a justiça; Eunomia, a ordem; e Irene, a paz). Quando os deuses saíam as Estações escondiam os palácios com um véu de nuvens, mas, assim que eles voltavam, as três afugentavam as nuvens para que tudo voltasse ao brilho anterior.
E ao Olimpo, subiu, a régia e eterna
Sede dos Deuses, onde a tempestade
Ruge jamais, e a chuva não atinge
E nem a neve. Onde o dia brilha
Num céu limpo de nuvens e ameaças
Felicidades sempiternas gozam
Ali os seus divinos habitantes.
(Versos da Odisseia de Homero, in original inglês de William Cowper, trad. De David Jardim)
Pelos versos de Homero, podemos deduzir que na morada dos deuses jamais chovia nem soprava vento.  O clima era perfeito: nem frio nem quente demais.
O espaço habitado pelos deuses formava um conjunto de residências distintas que tinham a função de acolher seus proprietários para dormir. O grande salão de Zeus, de puro ouro, servia para assembleias e festins, onde os deuses se regalavam todos os dias com ambrósia e néctar (alimento e bebida), servidos pela deusa da juventude Hebe e discutiam os assuntos relativos ao Céu e à Terra. Quando o sol se punha os deuses se retiravam para as suas respectivas moradas para dormir.
Hefesto (Vulcano para os romanos) o artesão divino era o arquiteto de todas as obras do Olimpo. ®Sérgio.
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Para maiores informações a respeito de o assunto ver: Bulfinch, Thomas, O Livro de Ouro da Mitologia: Histórias de Deuses e Heróis, 26º edição, Rio de Janeiro, 2002, Ediouro. / Bulfinch, Thomas. O Livro bde Ouro da Mitologia. Trad. David Jardim – Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.

PAGO OU PAGADO?

O verbo pagar é um verbo abundante, apresenta mais de uma forma para a flexão do particípio. Quando o verbo tem duas formas regular e irregular para o particípio, a regra é a seguinte: Com o verbo auxiliar ter ou haver, devemos usar (na voz ativa) a forma regular (terminação –ado, ou –ido). Com o verbo auxiliar ser ou estar, devemos usar na voz passiva a forma irregular (reduzida). Portanto:
1. Pago (forma irregular) – deveríamos usar somente com os verbos ser e estar. Porém, atualmente, no Brasil, já é aceitável o uso com qualquer verbo auxiliar ser, estar, ter, haver:
   O ingresso já está pago.
   Temos pago muitas contas.
   O castigo foi pago por nós.
   Os inquilinos haviam pago o aluguel.
   O proprietário afirmou que nada estava pago.
   O garçom informou-me que o jantar estava pago.
2. Pagado (forma regular) – embora correto o uso com os verbos ter e haver, esta forma está caindo em desuso, assim como: ganhado e gastado. Estes verbos estão perdendo a forma regular, em virtude da preferência pela forma reduzida: pago em vez de pagado; ganho em vez de ganhado, gasto em vez de gastado:
   Ele não havia ou tinha pagado a conta.
   Ela tinha ou havia pagado a conta.
   Os alunos já tinham ou haviam pagado o castigo.
Observações:
1ª. Há gramáticos que defendem o uso da forma clássica: pagado.
2ª. Outros preferem o uso da forma que o brasileiro consagrou: pago.
3ª. Há ainda os moderados que aceitam as duas formas: pagado e pago.
4ª. Segundo o professor Celso Cunha "não podemos jogar no lixo as formas clássicas nem ignorar as novidades linguísticas". ®Sérgio.
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Para maiores informações sobre o assunto ver: CUNHA, Celso. Gramática do Português Contemporâneo. [6ª. ed. rev.], Editora Bernardo Álvares, Belo Horizonte, 2009.