O explorador Marco Pólo (1254 – 1324)
se tornou prisioneiro durante um ano, ao comandar uma esquadra na guerra entre
Veneza e Gênova. No período em que esteve encarcerado na torre fortificada de
Gênova (1928), conheceu Rustichello da Pisa companheiro de cela de nome
Rusticiano, que não apenas se interessou apaixonadamente por suas histórias,
mas se propôs a escrevê-las. Rustichello era um homem de letras que escrevia em
langue d'oil, ou seja, em francês provençal, língua mais falada por aqueles que
não empregavam o latim. A Rusticiano, Marco Pólo ditou os capítulos da obra o Livro
das Maravilhas – A Descrição do Mundo. Entretanto, Rustichello era um
"romancista", autor de belas histórias lendárias, o que criou em seus
leitores dúvidas sobre a veracidade de seus relatos. Marco Polo ao sair da prisão,
volta para Veneza, onde fica até a morte. No decorrer dos séculos, o Livro
das Maravilhas transforma-se num clássico traduzido para inúmeras línguas.
®Sérgio.
terça-feira, 24 de abril de 2012
JOHN MILTON E O PARAÍSO PERDIDO
John Milton (1608 - 1674) escritor inglês foi político, dramaturgo
e estudioso de religião, além de um dos principais representantes do classicismo
de seu país. John Milton é autor do célebre livro em 10 cantos, O Paraíso Perdido (Paradise Lost),
um dos mais importantes poemas épicos da literatura universal. Em setembro de
1643 a visão do poeta começa a declinar. Em outubro de 1659 o poeta foi preso permanecendo
encarcerado até 1664. Enquanto cumpria sua pena, teria ficado cego, vítima de
glaucoma. Na prisão, ditou o Paraíso Perdido (sua obra-prima), um oráculo de sua vida interior publicado
originalmente em 1667, e ampliado a
doze cantos (em memória à Eneida de Virgílio), na segunda edição
de 1674. A obra conta a
história da criação de Adão e Eva a queda de Lúcifer e a sua expulsão do
paraíso. Mistura paganismo, mitologia clássica e cristianismo no mesmo
caldeirão. A um leitor novato, leigo e carente de conhecimento de Literatura
Clássica convém ler Paraíso Perdido como
uma espetacular obra de ficção científica.
nesta obra, o poeta ficou consagrado por estilizar o verso branco (possuem métrica, mas não rimam) com admirável perícia e amplo domínio de
técnica. Em 1671, Milton publica o livro Paraíso Recuperado (Paradise Regained) baseado no Evangelho de Lucas,
que conta a vinda de Cristo à Terra reconquistar o que Adão teria perdido. Entre
oito e 10 de novembro de 1674, John
Milton faleceu. ®Sérgio.
JEAN GENET: O ESCRITOR MALDITO
Filho de pai desconhecido e abandonado
pela mãe na infância, Jean Genet (1910 -
1986), o escritor e dramaturgo maldito, entrou cedo no mundo dos crimes,
indo parar em um reformatório aos 10 anos de idade. Fugiu logo em seguida e
mudou de nome, continuando na vida bandida como garoto de programa (batia nos
clientes velhos para limpar-lhes a carteira) e ladrão. Foi para a prisão
novamente e lá permaneceu por 13 anos, período em que iniciou sua carreira
literária. Condenado, por crime de morte, à prisão perpétua, obteve o perdão em
1948 graças aos esforços de Jean Cocteau e Jean-Paul Sartre, rendidos a seu
talento literário; embora só tenha estudado até os 13 anos, deu um banho de
cultura e erudição, devorando e assimilando Mallarmé, Rimbaud, Dostoiévski e
Baudelaire, e ainda aprendeu vários idiomas na prática (alemão, espanhol,
italiano, árabe e inglês). Em 1983 foi-lhe concedido o mais importante prêmio
literário francês, o Grande Prêmio Nacional. Em seus romances e peças de
teatro, cujos protagonistas são quase sempre delinquentes e marginais, Genet
abala a consciência social e a fragilidade do sistema de valores da sociedade
burguesa. Jean Genet usou a literatura autobiográfica para se inventar como
mito, mas a maior parte era mentira. Descrevia-se
como alguém mais perigoso do que realmente era para se valorizar. Foi
bem-sucedido.
Dentre suas obras destacam-se Nossa Senhora das Flores (1940); Querelle – Amar e Matar (1947); publicou
suas memórias em Diário de Um Ladrão
(1949); Um Cativo Apaixonado, originalmente publicado um mês após
sua morte, em 1986, de câncer na garganta. As peças de teatro Haute Surveillance (1949), O Balcão (1956), Os Negros (1958) e Les
Paravents (1961). ®Sérgio.
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