A nossa famosa experiência da vida se resume em exclamarmos, de
vez em quando: Deus! Como fui idiota. (Clóvis Graciano).
domingo, 9 de setembro de 2012
O MONTE OLIMPO
O cume do Monte Olimpo,
na Tessália era a morada dos deuses Gregos. Doze eram os deuses - seis
masculinos e seis femininos – entretanto, somente dez moravam no Olimpo. Netuno
(Poseidon para os romanos) deus do mar habitava o mar. Hades deus dos
submundos, seu palácio no inferno. O Olimpo era cercado de muros, abrindo para
o exterior através de uma porta de nuvem, da qual tomava conta às deusas
chamadas Estações (Diké, a justiça; Eunomia, a ordem; e Irene, a paz). Quando
os deuses saíam as Estações escondiam os palácios com um véu de nuvens, mas,
assim que eles voltavam, as três afugentavam as nuvens para que tudo voltasse
ao brilho anterior.
E ao Olimpo, subiu, a régia e eterna
Sede dos Deuses, onde a tempestade
Ruge jamais, e a chuva não atinge
E nem a neve. Onde o dia brilha
Num céu limpo de nuvens e ameaças
Felicidades sempiternas gozam
Ali os seus divinos habitantes.
(Versos da Odisseia de Homero, in original inglês de William Cowper,
trad. De David Jardim)
Pelos versos de Homero,
podemos deduzir que na morada dos deuses jamais chovia nem soprava
vento. O clima era perfeito: nem frio nem quente demais.
O espaço habitado pelos
deuses formava um conjunto de residências distintas que tinham a função de
acolher seus proprietários para dormir. O grande salão de Zeus, de puro ouro, servia
para assembleias e festins, onde os deuses se regalavam todos os dias com
ambrósia e néctar (alimento e bebida), servidos pela deusa da juventude Hebe e
discutiam os assuntos relativos ao Céu e à Terra. Quando o sol se punha os
deuses se retiravam para as suas respectivas moradas para dormir.
Hefesto (Vulcano para
os romanos) o artesão divino era o arquiteto de todas as obras do Olimpo. ®Sérgio.
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Para maiores informações a respeito de o assunto ver:
Bulfinch, Thomas, O Livro de Ouro da Mitologia: Histórias de Deuses e Heróis,
26º edição, Rio de Janeiro, 2002, Ediouro. / Bulfinch, Thomas. O Livro bde Ouro da Mitologia. Trad.
David Jardim – Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
PAGO OU PAGADO?
O verbo pagar é um verbo abundante,
apresenta mais de uma forma para a
flexão do particípio. Quando o verbo tem duas formas regular e
irregular para o particípio, a regra é a seguinte: Com o verbo auxiliar ter ou haver, devemos usar
(na voz ativa) a forma regular (terminação –ado, ou –ido). Com o verbo auxiliar ser ou estar, devemos usar na
voz passiva a forma irregular (reduzida). Portanto:
1. Pago (forma irregular) – deveríamos usar
somente com os verbos ser e estar.
Porém, atualmente, no Brasil, já é aceitável o uso com qualquer verbo auxiliar
ser, estar, ter, haver:
●
O ingresso já está pago.
●
Temos pago muitas contas.
●
O castigo foi pago por nós.
●
Os inquilinos haviam
pago o aluguel.
●
O proprietário afirmou que nada estava pago.
●
O garçom informou-me que o jantar estava pago.
2. Pagado (forma regular) – embora correto o uso com os
verbos ter e haver, esta forma está
caindo em desuso, assim como: ganhado e gastado. Estes verbos estão perdendo a forma regular, em virtude da
preferência pela forma reduzida: pago em vez de pagado; ganho em vez de
ganhado, gasto em vez de gastado:
●
Ele não havia ou tinha
pagado a conta.
●
Ela tinha ou havia
pagado a conta.
●
Os alunos já tinham ou haviam
pagado o castigo.
Observações:
1ª. Há gramáticos que
defendem o uso da forma clássica: pagado.
2ª. Outros preferem o uso da forma que o brasileiro consagrou: pago.
3ª. Há ainda os moderados que aceitam as duas formas: pagado e pago.
4ª. Segundo o professor Celso Cunha "não
podemos jogar no lixo as formas clássicas nem ignorar as novidades linguísticas".
®Sérgio.
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Para maiores
informações sobre o assunto ver: CUNHA,
Celso. Gramática do Português
Contemporâneo. [6ª. ed. rev.], Editora Bernardo Álvares, Belo Horizonte, 2009.
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