sábado, 18 de junho de 2011

UMA JANELA PARA O MUNDO

"Tenho muitas deficiências físicas, mas no jogo Star Wars Galaxies posso pilotar uma moto voadora, enfrentar monstros ou, simplesmente, encontrar os amigos em um bar. Minha vida real é bem mais limitada. Como os movimentos de minhas mãos são restritos, não consigo pressionar as teclas de um teclado normal. Por isso uso um teclado virtual que me permite conversar on-line com outros jogadores. A tela do computador é a minha janela para o mundo. Online, não importa a aparência. Os mundos virtuais reúnem as pessoas – e todos estão na mesma situação (é uma pena que nem todos pensem assim) [opinião minha]. No mundo real, elas podem se sentir desconfortáveis perto de mim antes de me conhecer e descobrir que, sem levar em conta a aparência, eu sou como elas. Aí está uma vantagem da internet: é possível interagir com alguém antes de conhecê-lo fisicamente. Assim, uma pessoa é conhecida por suas ideias e personalidade, não pela aparência física. Num encontro de jogadores em 2002, a Ultimate Online Fan Faire, em Austin, percebi que as pessoas ficaram intrigadas, mas agiam como se eu fosse uma delas. Elas me trataram como igual, como se eu não fosse do jeito que sou – quer dizer, deficiente e em uma cadeira de rodas. Éramos todos apenas jogadores."
(Jason Rowe, 32 anos, Texas, Estados Unidos)
Em nossas leituras, de repente, “damos de cara”, com pequenas coisas que nos atinge de dentro e penetra as íntimas fibras do nosso ser e nos deixa envergonhados por acharmos que a vida, ás vezes, nos é injusta.
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