O termo vem do latim bestiariu(m) = besta, fera. Eram,
durante a Idade Média, sobretudo nos séculos XIII e XIV, livros em prosa ou
verso, que retratavam animais (verdadeiros ou ficcionais) considerados
simbolicamente portadores de qualidades sobrenaturais, geralmente, ligados ao
Cristianismo.
Vindos do Oriente,
através de textos gregos, como o Physiologus
- de autor desconhecido e escrito na segunda metade do século II, em
Alexandria – que narra uma sucessão de histórias baseadas nos fenômenos da
Natureza, divididas por quarenta e oito seções, uma para cada planta, pedra ou
animal vinculados com a Bíblia. o Physiologus teve ampla divulgação no mundo
latino e germânico medieval, a ponto de só perder para a Bíblia.
Apesar dos Bestiários
evocarem um mundo de valores desaparecidos, deles se originaram mitos que
vieram incorporar-se definitivamente na simbologia das artes, como o da fênix,
para só citar esse exemplo. ®Sérgio.