sábado, 15 de junho de 2013

A ARMADILHA DE ZEUS

Para punir o titã Prometeu e seu irmão Epimeteu pela ousadia de furtar o fogo divino, Zeus armou uma armadilha: Ordenou que Hefesto, o deus-ferreiro do mundo subterrâneo, fizesse a mulher.
Hefesto fez uma mulher belíssima, fascinante e cada um dos deuses do olimpo contribuiu com algum atributo para aperfeiçoá-la. Recebeu de Atena a arte da tecelagem, de Venus a beleza e o poder de sedução, de Hermes as artimanhas e assim por diante. Por fim, batizou-a como Pandora (pan = todos, dora = presente) e mandou-a à Terra ao atrapalhado Epimeteu, que, despeito da advertência de seu irmão para ter cuidado com Zeus e seus presentes, ingenuamente a aceitou.
A vingança planejada por Zeus estava contida numa grande e belíssima caixa de marfim, que foi levada como presente de núpcias para Epimeteu com a seguinte instrução: jamais, em hipótese alguma, deveria abrir aquela caixa.
Pandora, levada pela curiosidade feminina, Resolveu abri-la. Ao fazê-lo descobriu que a caixa continha todas as desgraça da humanidade, ou seja, nossos vícios: egoísmo, crueldade, inveja, ciúme, ódio, intriga, ambição, desespero, tristeza, violência e todas as outras coisas que causam miséria e infelicidade. Rapidamente a fechou, mas todas as desgraças e calamidades já haviam escapado, restando apenas à Esperança.
Com a liberação de todos nossos vícios, o paraíso terrestre acabou; o homem e a mulher antes imortais tornam-se mortais, e assim, conhecem a dor e o sofrimento que antes não existiam. O Fogo Olímpico que ardia no interior do homem quase apagou. Restou apenas uma centelha que é a própria Esperança de um dia regressar ao Paraíso Perdido. ®Sérgio.