segunda-feira, 25 de junho de 2012

PERÍODO HELÊNICO E HELENÍSTICO

Helênico era um adjetivo que os gregos da antiguidade usavam quando se referiam a eles mesmos. Desse modo que os gregos da antiguidade se autodenominavam Helênicos, assim como a Grécia era chamada Hélade (o conjunto das províncias centrais da Grécia antiga, e, mais tarde, a Grécia inteira).
Helenístico é, atualmente, utilizado para descrever o período que vai da morte de Alexandre (323 a. C.) à conquista final do mundo Helênico por Roma (36 a. C.). ®Sérgio.

DANTE E VIRGÍLIO NO INFERNO


Este quadro representando Dante e Virgílio no Inferno (1850), pintado por William-Adolphe Bouguereau, pintor francês, (1825–1905), foi inspirado em uma cena de A Divina Comédia de Dante Alighieri, situado no oitavo círculo do Inferno (o círculo de falsificadores e falsários), onde Dante, acompanhado por Virgílio, assiste a uma luta entre duas almas condenadas: Capocchio, um herege e alquimista, é atacado e mordido no pescoço por Gianni Schicchi que tinha usurpado a identidade de um homem morto, a fim de reivindicar sua herança de forma fraudulenta. Gianni Schicchi se joga em Capocchio, seu rival, com fúria através de músculos, nervos, tendões e dentes. Ao fundo, vê-se um demônio sorrindo para Dante e Virgílio, contemplando-os, parece deliciar-se com todo o cenário de eterna angústia, sofrimento e terror. Em redor deles, os que sofrem as respectivas consequências de suas existências materiais voltadas todas para a violência.
Há amargura e força nesta tela. ®Sérgio.

O BODE E A ONÇA - Recontando Contos Populares

Caminhando pelo mato, o bode descobriu um bom lugar para fazer uma casa. Como o terreno estava coberto pelo capim duro do cerrado, capinou-o, deixando-o limpinho para dar início à construção. Cansado, preferiu ir embora e começar no dia seguinte.
A onça também procurava um terreno para erguer sua casa. Deparando com o lugar que o bode capinara, achou que estava com muita sorte. Cortou e empilhou as madeiras para fazer a estrutura de uma casa. Depois foi embora, pois precisava dormir.
No dia seguinte, ao ver a madeira à sua disposição, o bode ergueu a estrutura da casa. “Que sorte que estou dando!”, pensou ao fim do trabalho, quando já se retirava do terreno.
Mais tarde foi a vez de a onça chegar ao terreno e ver a estrutura pronta. “Que sortuda eu sou!”, disse, enquanto cobria a madeira com taipa (barro amassado). Terminado o trabalho, foi buscar seus móveis e, ao voltar, deu de cara com o bode, sentado numa poltroninha, embrulhando um cigarro, muito à vontade. Os dois não custaram a perceber que haviam dividido o trabalho da construção. Quem havera de supor! Decidiram, então, morar juntos.
A convivência ia bem, entretanto, viviam desconfiados um do outro e não lhes faltava uma boa razão para isso. Um dia, a onça voltou da caçada, arrastando um cabrito entre os dentes. O bode, assustado, saiu de fininho para o mato, certo de que, mais dia menos dia, aquele seria o seu destino.
Naquele mesmo dia, porém, o bode encontrou uma onça morta por um caçador e levou-a para casa, deixando seu corpo estendido na porta de entrada. Vendo a companheira morta, a onça quis saber do bode como é que ele a tinha matado. O bode explicou que era dono de um anel mágico. Bastava colocá-lo no dedo e apontar alguém para matá-lo. A onça fingiu não acreditar, então o bode, colocando o anel no indicador, perguntou:
— Quer que eu lhe mostre?
Travou um medo e a onça disparou mato adentro, apavorada, voando que nem um corisco e, sem olhar pra aqui nem pra acolá. Nunca mais voltou. O bode, feliz da vida, ficou vivendo sozinho na sua casa, sem motivo para preocupações. ®Sérgio.

MAUS-TRATOS E MAL-ENTENDIDOS

Não será exagero dizer que não são poucas às vezes em que escrevedores erram ao grafar a palavra "maus-tratos". Por conta disso, é comum escrever-se no seu lugar a forma "maltratos". Ora, conscientemente falando, maltratos não existe. O que existe é a forma verbal maltratar (verbo transitivo direto) = infligir maus-tratos a; tratar com aspereza, grosseiramente, com violência, etc.:
  Maltratava a mulher com recriminações diárias.
  Ele sentia prazer em me maltratar...
  Eu não maltrato os mais velhos.
O substantivo composto "maus-tratos" escreve-se sempre no plural. Nesse composto o adjetivo [mau] qualifica o substantivo [trato], daí a concordância entre eles. Os dois (adjetivo + substantivo) formam o substantivo composto maus-tratos = "delito de quem submete alguém, sob sua dependência ou guarda, a castigos imoderados, trabalhos excessivos e/ou privação de alimentos e cuidados, pondo-lhe, assim, em risco a vida ou a saúde". (Dicionário Eletrônico Houaiss)
Na expressão "mal-entendido", é o advérbio [mal] que modifica a forma verbal [entendido] = aquilo que foi entendido de maneira incorreta ou inadequada. Os dois elementos, advérbio e verbo, juntos constituem um substantivo composto.  No plural, somente o segundo elemento, porque advérbios são formas invariáveis. ®Sérgio.