Não é costume, hoje, estabelecer
grande diferença ente a metonímia e
a sinédoque, pois esta é um caso especial de metonímia, onde, ora se exprime o
mais restrito (a parte) pelo mais extenso (o todo), ora o todo pela parte: chaminé
pela fábrica, o telhado pela casa, o singular pelo plural, a substância pelo produto, a nação pelo
governo, o gênero pela espécie, etc.
Observe:
•
As chaminés
forjam a grandeza de São Paulo.
(a parte: chaminé, pelo todo: fábrica).
•
O homem é mortal (a espécie pelo gênero).
•
A vela singrou
os mares (a parte: vela, pelo todo: navio).
•
O índio é valente (o singular:
índio, pelo plural: índios).
•
Não dá
para viver sem um teto. (a parte pelo todo)
•
Lento o
bronze (o sino) soa. (a
matéria pelo objeto que dela é feito)
Fica explicito, portanto, que na sinédoque
há uma relação de extensão. Isto é, um termo de extensão menor substitui outro de
extensão maior, e vice-versa.
Convém ter-se presente que a metonímia e a
sinédoque nem sempre são percebidas como uma figura de estilo, pois algumas de
suas construções já pertencem à linguagem comum: o pão de cada dia, ter bocas
para alimentar, dizem as más línguas, os sem-teto, etc. ®Sérgio.