sábado, 30 de maio de 2009

SÓ RINDO...

Em 1995, um pato voando, colidiu com a fachada de vidro do Museu de História Natural de Roterdã (Holanda). O pesquisador Kees Moeliger ouviu o barulho e foi ver do que se tratava. O pato caíra morto, mas outro pato o atacava sexualmente. Impassível, Moeliger acompanhou o "estupro" por 75 minutos e só então espantou a ave pervertida. Desta observação, escreveu um estudo intitulado: “O Primeiro Caso de Necrofilia Homossexual entre Patos”, que foi contemplado com o prêmio IgNobel de Biologia.

Você deve estar se perguntando: que prêmio é esse? É uma espécie de paródia do Nobel, ou seja, um prêmio anual aos mais ridículos, inúteis e absurdos trabalhos científicos do mundo. Essa “brincadeira” é feita, anualmente, desde 1991, pela revista inglesa de humor científico “AIR” (Anais da Pesquisa Improvável), editada pela Universidade de Harvard (Massachusetts). A cerimônia de entrega lota o Teatro Sanders, de Harvard; e, ao contrário do que se possa imaginar, os homenageados recebem com muito humor seus prêmios. Muitos consideram até mesmo uma honra, pois, dessa maneira, dá-se evidência a sua pesquisa.

Para que você tenha uma noção de quanto absurdas e inúteis são essas pesquisas, selecionei, da antologia do IgNobel, alguns vencedores, cujas pesquisas são por demais ridículas. Veja:

• Os cientistas F. Kanda, E. Yagi, M. Fukuda, K. Nakajima, T. Ohta e O. Nakata chegaram a uma inusitada conclusão cientifica: as pessoas que acham que têm chulé, realmente têm, e aquelas que não acham, não têm.

• George e Charlotte Blonsky (falecidos) de New York, reconhecendo a dificuldade das mulheres no parto, inventaram um aparato médico baseado na forca centrífuga, onde a mulher é amarrada numa mesa circular com a cabeça colocada no centro da mesa, que é girada em alta velocidade. Eles só não explicam como aparar o bebê quando expelido da mãe.

• Gregg Miller, dos Estados Unidos, pela invenção dos “Neutículos”, testículos de borracha para cães obviamente sem testículos. “Considerando que, quando era criança, meus pais pensarem que eu era um idiota, esta é uma grande honra", disse Miller.

• A Dra. Mara Sidoli de Washington, DC, pelo interessante estudo intitulado Soltar Gases como Reação de Defesa Diante de Uma Situação Apavorante. A banca que examinou a Dra. Sidoli foi muito dura no exame e a ameaçou tirar seu título. Pois, foi nesse exato momento que a doutora soltou, desculpe, deu a prova cabal de seu estudo. Assim, ao constatarem que a pesquisadora tinha razão, a banca examinadora não cumpriu a ameaça.

• O Dr. Len Fisher da cidade de Bath, England, é premiado por calcular a melhor maneira de molhar um biscoito (no chá, café, etc.).

• Os cientistas Claire Rind e Peter Simmons da Newcastle University, do Reino Unido, por monitorar a atividade de células do cérebro de gafanhotos enquanto eles assistiam (sem pipoca e refrigerante) a trechos dos filmes da série "Guerra nas Estrelas".

• Premiou-se um grupo da Universidade de Adelaide, na Austrália, que analisou odores produzidos por 131 espécies diferentes de sapos quando estressados. Foram selecionados voluntários para cheirar os sapos e descrever o odor que eles perceberam.

• Os pesquisadores Wasmia Al-Houty e Fatem Al-Mussalam demonstraram que a reputação dos besouros-vira-bostas não é verdadeira. Suas pesquisas mostram que esses insetos têm paladar refinado e não comem qualquer tipo de...

• Os pesquisadores, Basile Audoly e Sebastien Neukirch, descobriram em quantos pedaços um fio de macarrão seco se quebra ao ser dobrado: em mais de dois pedaços.

Três investigadores franceses por descobrirem que as pulgas que vivem nos cães saltam mais alto do que as pulgas que vivem nos gatos.

• Dois invetigadores americanos que conseguiram provar matematicamente que fios de cordel ou cabelo acabam inevitavelmente por se embaraçar.

• E por fim, no campo da ornitologia Ivan R. Schwab (Universidade da Califórnia) pesquisou porque os pica-paus não têm dor de cabeça, apesar de baterem o bico contra as árvores 12 mil vezes por dia.

Salve-se quem puder! ®Sérgio.

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Fonte: http://chem.harvard.edu/pipermail/mini-air/2008-October/000027.html

O USO DO HÍFEN DE ACORDO COM O NOVO VOCABULÁRIO ORTOGRÁFICO

Emprega-se o hífen em todos os compostos formados pelos prefixos [além-] [aquém-] [recém-]:

[além-]: além-Atlântico, além-eras, além-fronteiras, além-mar, além-mundo, além-país, além-túmulo.

[aquém-]: aquém-fronteiras, aquém-mar, aquém-oceano.

[recém-]: recém-chegado; recém-aberto, recém-achado, recém-admitido, recém-adquirido, recém-casado, recém-colhido, recém-concluído, recém-conquistado, recém-convertido, recém-criado, recém-depositado, recém descoberto, recém-desvendado, recém–fabricado, recém-falecido, recém-nascido.

[sem-]: sem-amor, sem-bagulho, sem-cerimônia; sem-dinheiro; sem-deus; sem-fim; sem-fio; sem-justiça; sem-lar; sem-luz; sem-modos; sem-nome; sem-número; sem-pão; sem-par; sem-pátria; sem-partido; sem-pudor; sem-pulo; sem-razão; sem-sal; sem-terra; sem-teto; sem-termo; sem-trabalho; sem-vergonha; sem-vergonhice. ®Sérgio.