Do
Grego hyperbolê (excesso), é a figura
do exagero deliberado, que leva o escritor a deformar a realidade exagerando de
uma ideia, seja por amplificação, seja por atenuação, visando à obtenção de
maior expressividade, quer no sentido positivo, que no negativo, segundo o seu
modo particular de sentir. Exemplos:
- Corria feito um raio. – A sua alma era um vulcão.
- Comi sem parar a noite inteira! – Sou louca pelos meus filhos.
Expressões como essas
fazem parte das hipérboles do dia-a-dia e, por isso mesmo, seu valor
estilístico praticamente já desapareceu, porque já se incorporaram ao falar
cotidiano de tal forma que as expressões não provocam mais surpresa ou
estranheza. Contudo, o valor afetivo dessas expressões, permanece. Na
literatura, não raro, a hipérbole é usada como um recurso estilístico: Envio
beijos, mas tantos beijos / Quantas estrelas há no Brasil. Nestes
versos de Martins Fontes, é fácil sentir o efeito expressivo da hipérbole. ®Sérgio.
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