— Dona Onça deve
certamente estar ciente de que Deus acaba de me nomear rainha desta floresta,
com a missão de governar todos os animais... E quer a senhora comer-me?! Que
ousadia! Quer desrespeitar o Todo-Poderoso?
A Onça não acreditou
nessa conversa. Como é que animalzinho tão fraco e tão magro como a raposa
poderia ser a rainha da floresta?
Percebendo a hesitação
da Onça, disse então a raposa:
— Não acredita? Mas a
ignorância não é crime, por isso não vou puni-la. Esta sua rainha sempre se fez
respeitar pela sua generosidade. Vamos fazer o seguinte: vou passar revista aos
meus súditos, e a senhora vai seguir-me e observar como eles me temem.
A Onça aceitou a
proposta, e lá foram os dois - a raposa à frente, toda arrogante, e a onça
atrás.
Vendo a onça, os outros
animais puseram-se em fuga, foi um "salve-se quem puder".
Mas a onça, sem
desconfiar de nada, acreditou no poder da raposa, pensando que todos fugiam com
medo da "rainha".
De modo que foi assim
que a raposa conseguiu livrar-se das garras da onça, e salvar-se da morte. ®Sérgio.
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