segunda-feira, 6 de setembro de 2010

AS COMÉDIAS

Dependendo da fonte que provoca o riso, a comédia pode se classificar em vários tipos, dos quais destaco as seguintes:
Entremés era um de comédia teatral de um só ato que se caracteriza pela comicidade e pela brevidade, pois a trama e o conflito eram mínimos. Os personagens oscilavam entre três e cinco e representavam as classes sociais baixas e populares em situações absurdas e grotescas a fim de provocar o riso fácil. A representação se dava nos intervalos dos atos de uma obra principal.
Commedia Dell'arte, também chamada de commedia a soggeto (comédia de tema), commedia all'improvviso (comédia de improviso), commedia dei zanni (comédia dos criados), commedia dei maschere (comédia de máscaras), commedia all'italiana (comédia italiana). Mas, de todas essas denominações, a que prevaleceu mesmo foi Commedia Dell'arte (séculos XVI e XVIII). Eram apresentações improvisadas a partir de um acervo de situações (adultério, ciúme, velhice, amor) e personagens padronizados. Muitos dos elementos básicos da Commedia Dell'arte vieram das comédias romanas (palliata comoedia) de Plauto e Terêncio.
O Vaudeville é uma comédia entremeada de árias. Fundamente-se quase que exclusivamente na intriga e no efeito provocado pelos equívocos, despertando a graça.
Comédia Burlesca - por meio da paródia, sátira ou caricatura, a comédia burlesca ridicularizava instituições, escolas, costumes e valores sociais. Originalmente, parodiava textos clássicos, como as epopeias, utilizando uma linguagem zombeteira e exagerada que tinha como finalidade ridicularizar a obra. Por exemplo, a obra Virgile Travesti (1648) de Paul Scarron, autor francês do séc. XVII, uma paródia ao poema épico de Virgílio.  Tem-se que a comédia burlesca originou-se a partir da Comédia Dell'arte italiana.
A Farsa - este tipo de comédia pretende provocar o riso sem intenção didática ou moralizante; e sim, a partir de exageros tirados da observação da vida quotidiana. A farsa depende mais da ação do que do diálogo; mais dos aspectos externos (cenários, roupas, gestos, etc.) do que do conflito dramático. Seus personagens, em número restrito, são tirados da própria vida urbana. A farsa não observa regras de verossimilhança podendo chegar ao absurdo. Difere da sátira ou da paródia por não pretender questionar valores. Dentre os numerosos exemplares desse gênero (mais de cento e cinquenta) produzidos entre 1440 e 1560, época de seu florescimento, destaca-se La Farce de Maîte Pathélin,  composta entre 1460 e 1470. ®Sérgio.

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