O carioca Afonso
Henriques de Lima Barreto (1881 – 1922), uma das figuras mais fascinantes e
controvertidas da literatura brasileira, entregou-se à bebida o que o levou a
constantes crises de depressão, de modo, que teve de internar-se por duas vezes no Hospício Nacional (em 1943
em 1919). Na segunda estadia, obrigado a varrer, em público, o pátio do
manicômio, confessa:
"Veio-me repentinamente,
um horror à sociedade e à vida; uma vontade de absoluto aniquilamento, mais
daquele que a morte traz; um desejo de perecimento total da minha memória na
terra; um desespero por ter sonhado e terem me acenado tanta grandeza, e ver
agora, de uma hora para outra, sem ter perdido de fato a minha situação, cair
tão, tão baixo, que quase me pus a chorar que nem uma criança." ®Sérgio.
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