quinta-feira, 17 de maio de 2012

A CASA ASSOMBRADA - Causos de Assombração

Numa noite fui surpreendido, em minha casa, por portas que se abriam e se fechavam sozinhas. Em outras noites, eram as luzes que se acendiam como que por magia, além de copos que voavam da pia para o chão. Até pedras caíam no telhado. Apesar desses acontecimentos, felizmente, ninguém se feria.
Tivesse um raio caído aos meus pés, não me mostraria eu tão aturdido com esses acontecimentos. Envolto em fria mortalha de medo, decidi recorrer ao padre capelão. Pedi-lhe que fosse a minha casa, fizesse umas rezas e expulsasse os espíritos.  O capelão bebeu uma grande taça de vinho, ficou um instante a refletir e, então, pediu ao sacristão para lhe trazer a grande cruz de madeira, a bíblia e o vaso de água benta. Colocou a estola e julgando-se armado para afugentar aquelas almas demoníacas, seguiu comigo para a casa assombrada.
Não queria acreditar, quando assistiu, ele próprio o que lhe tinha relatado na sacristia. Aquelas coisas estranhas aconteciam mesmo. Todos, em casa, lhe rogaram para que benzesse o lar e, mais, que fizesse um exorcismo e terminasse com aquela aflição.
Entoando os sete salmos e orações (o sacristão, por ordem do padre, à frente com a cruz erguida) o capelão ia espalhando água benta por todos os cantos gritando: “Vai-te embora satanás, vai-te embora...”.
Mesmo na presença capelão, os espíritos não se  aniquilaram. Choveram pedras, portas e janelas abriram e fecharam-se sozinhas e até alguns peças de roupa começaram a arder.
Não se deixando convencer, ainda que tenha presenciado tão estranhos eventos, sem solução, o capelão recorreu a uns amigos ligados à parapsicologia.
Um dos parapsicólogos perguntou-me, pela idade de todos que frequentavam a casa, na esperança de que o causador fosse algum adolescente dado a brincadeiras. Segundo os estudos de parapsicologia, são eles os responsáveis por 90% destes casos. Respondi que adolescente na minha casa só o meu neto, um rapaz de 15 anos, que viera passar as férias. Por sugestão do parapsicólogo afastamos meu neto de casa por alguns dias e, tal como se supunha, não houve mais nenhum objeto voador. Ele confessou ao parapsicólogo que seus pais tiveram de viajar, a trabalho, e deixaram-no na casa dos avós, cuja cidadezinha detestava. ®Sérgio.

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