quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

QUAL A LÓGICA DO ARTISTA?

Uma noite dessas conversava com um amigo e não tenho mais lembrança de como a caiu em uma pergunta: qual a lógica do artista?
Ora, pois, há muitos conceitos que responderiam a essa pergunta (você mesmo deve conhecer alguns), porém, um deles, escrito pelo poeta Ronald de Carvalho (1893 – 1935), me ficou na memória. Aqui vai tal qual:
"A arte é uma aspiração à liberdade. O que nós, poetas, músicos, pintores, escultores desejamos é criar o nosso ritmo pessoal, é transmitir a nossa harmonia interior. Cada um de nós é um instrumento por onde passa a corrente da vida. Não queremos regras nem admitimos preconceitos. Não nos atraem as teorias especiosas. A lógica do artista não cabe nas fronteiras de um teorema, a lógica do artista é um problema cujos dados mudam a cada instante, e cuja solução varia de momento a momento. Para empregar uma simples e admirável imagem de Nietzsche, dançamos acorrentados, dançamos sobre as coisas sem que a ela nos adaptemos, mas, ao contrário, tirando do espetáculo do mundo a substância da criação. A obra de arte não repete, mas advinha e transforma a natureza. O artista é um transfigurador. Recebe a energia da vida e, em troca, lhe dá forma.”
Antes que você me compare a Ezequias querendo queimar os livros de Salomão, vale dizer que o que leu é a reflexão de um poeta e, por isso, não posso, absolutamente, garantir que ele esteja certo, embora concorde com ele. ®Sérgio.
"Olha a vida primeiro, longamente, enternecidamente,
Como quem a quer adivinhar...
Olha a vida, rindo ou chorando, frente a frente,
Depois deixa o coração falar."
(Poeta Ronald de Carvalho, 1893 – 1935)

Um comentário:

  1. Gostei dessa lógica. Mas guardá-la na memória? Impossível. Um abraço mineiro com os votos de um Ano Novo especial.

    ResponderExcluir